Qualidade de vida
Uso excessivo do WhatsApp pode causar lesões
Não dá para negar que com a pandemia tudo ficou - ainda - mais online. Os almoços de família, os happy hours e até os dates migraram 100% para o ambiente digital.
O isolamento social foi, sem dúvida, o grande responsável por essa mudança de comportamento. E, apesar de muitas soluções - como aplicativos e softwares - terem surgido, o WhatsApp continua sendo o recurso mais usado para a comunicação.
Assim como todo excesso faz mal, com o WhatsApp não é diferente. Seu uso desenfreado trouxe várias reclamações de dores para o consultório (que também migrou para o virtual) do Dr. Paulo Roberto Szeles, Ortopedista e Médico do Esporte e atual Coordenador da Residência de Medicina do Esporte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Eu já vinha observando uma crescente em lesões causadas pela má postura que acompanha o uso excessivo do WhatsApp, o que chamamos de "WhatsAppite"”, e a pandemia fez isso aumentar ainda mais. Nos últimos meses, acompanhei vários casos que vão de dores leves nos dedos e pulso até lesões mais sérias que demandaram tratamento mais intensivo de reabilitação e infiltrações (injeções com medicamentos) nos locais acometidos.
Para ajudar na prevenção da WhatsAppite, o Dr. Szeles reuniu cinco dicas simples e super eficazes:
Prefira a versão web sempre que possível. A postura da digitação no teclado do computador costuma sempre ser melhor e sobrecarrega menos os dedos e pulso;
Use sempre as duas mãos para segurar o celular e digitar as mensagens;
Mantenha os pulsos retos enquanto digita;
Além dos áudios que podem ser enviados pelo app, use também a função de reconhecimento de voz do celular. Atualmente, todos os smartphones possuem uma função onde você pode ir falando e ele transforma a mensagem em texto;
Não fique mais de 15 minutos digitando mensagens. Faça pausas e, se possível, alongue dedos, mãos e braços.